domingo, 21 de novembro de 2010

A bobagemA verdade
A Castanha-do-pará é uma CastanhaApesar de se chamar "castanha", nem castanha a coisinha é. Sim, isso mesmo, desde muito tempo você vem sendo instigado a falar errado, passando a maior vergonha perto de botânicos, biólogos e outros profissionais que trabalham no meio do mato (se bem que ninguém se importa com isso mesmo, já que são poucos os quem realmente se incomodam com o que esses caras falam). Isso se deve ao fato da "castanha" ser, na verdade, uma semente (O RLY?), já que a castanha (a verdadeira), propriamente dita, não possui uma casca única, como é o caso da "do-pará", mas sim uma casca que se parte ao meio, tal qual a uma bunda, tendo duas metades (bom, acho que com esse exemplo deu pra ficar bem mais fácil de ser visualizar a ação, não?). Outra coisa que para afirmar ainda mais isso é o caso dela estar dentro do fruto, ou seja, o que vem dentro do fruto (além da polpa) é a semente. Um exemplo de uma castanha que realmente chega perto de uma real castanha é a Noz, aquela coisinha que você só lembra de comer no Natal (caso você não seja pobre).
Ela é do ParáApesar de se chamar "Castanha-do-pará, ela é tudo, menos paraense. Essa sementinha dá (ui), mais do que chuchu na serra, em toda a América do Sul (pelo menos na parte coberta pela Amazônia é assim), ou seja, não é restrita a somente um estado do País, muito menos a um tão vergonhoso e feio internacionalmente quanto esse. O nome Pará acabou sendo dado a ela por causa do tamanho territorial que o estado tinha durante o período colonial (ou seja, há muito tempo) e acabou ficando por causa da falta de criatividade em colocar um nome mais bonito. Em outros estados mais xenófobos, como o Acre (sim, o Acre), o nome da "castanha" é "castanha-do-acre" e, como o estado, ninguém nunca viu, nem comeu, mas já ouviu falar.
Ninguém vende mais dessa bagaça que o BrasilMesmo que o seu nome tenha mudado, a algum tempo atrás, para "Castanha-do-brasil" (afim de nacionalizar a sementinha e despertar o patriotismo), nem é esse país o maior produtor e exportador dela (garantindo assim mais um fail no quesito dominaçãofracassada), pois a Nação Canarinho perde para a  Bolívia (que vergonha, perder para a Bolívia). Isso tudo devido ao vergonhoso desmatamento causado no Norte do país pelos grandes latifundiários e baloeiros de Festas Juninas, que fazem com que milhares e milhares de espécies dessa planta sejam transformadas em cinzas e virem pasto para um bando de vacas ou somente para contruir (mais um) campo de futebol.


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

São frutos triangulares de forma ovalada,






São frutos triangulares de forma ovalada, também chamados castanhas-do-maranhão (Bertholletia excelsa). Pertencem à família das Lecitidáceas. Estas castanhas têm debaixo da casca dura uma semente parecida com a amêndoa, muito saborosa, e consomem-se quase exclusivamente cruas. São muito ricas em óleo (70%). O óleo extraído do fruto em boas condições é claro, sem cheiro e de sabor agradável.
A castanha-do-pará é indispensável aos desnutridos.
Os desmineralizados, os anêmicos e tuberculosos encontram nessa castanha um alimento preciosíssimo. Recomendável na alimentação das crianças, das gestantes e das lactantes.
Garcia Paula afirma que «a castanha-do-pará, na taxa de 20% evitou nova crise de beribéri.»
Rica em calorias, não perde para nozes. Possui grande teor de proteínas. Em virtude de seu valor protéico, um nutrólogo denominou a castanha-do-pará de «carne vegetal».
É aconselhável aos intelectuais por causa de seu teor de fósforo, e ao trabalhador braçal, em virtude de sua riqueza em gorduras.
Deve-se mastigar bem a castanha-do-pará por ser de difícil digestão.

Castanha-do-Pará


Só uma castanha por dia, não mais do que isso, garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula, por para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais.
Cabe na palma da sua mão, e ainda sobra um espaço e tanto, a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio.
A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará recentemente rebatizadas castanhas do brasil, eleva em 65% o teor de selênio no sangue. Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro.
Ora, nós somos sortudos. É que as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito selênio. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote.
No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente, afirma Silvia Cozzolino, presidenta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes, descreve, completando, Bárbara Cardoso.
Na ausência dele, as tais enzimas ficam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo. O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela.
A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.
Apesar de tudo isso, o badalado selênio deve ser apreciado com moderação. Quando os especialistas recomendam uma castanha diária, é para segui-lo à risca. Acredite: o conselho não é nem um pouco mesquinho. Esse consumo ideal e comedido é que faz todas essas enzimas que dependem do
nutriente trabalharem de forma adequada, diz Bárbara. Em excesso, o selênio não vai potencializar sua ação. E o pior: mais cedo ou mais tarde, o exagero rotineiro vai revelar o lado negro da substância. Sim, ele existe: a toxicidade. Ela acontece se a pessoa ingerir mais de 800 microgramas por dia, adverte Silvia Cozzolino. É que o selênio tem efeito cumulativo, emenda Christine Thomson.
Isso não significa que abusar das deliciosas castanhas em uma happy hour com amigos traga grandes ameaças. De vez em quando, dá até para superar a quantidade recomendada. O perigo é comer essas oleaginosas além da conta todo santo dia. Quem experimentar ataques sucessivos de gula poderá sentir dor de cabeça, ficar com as unhas fracas e ver seus cabelos caírem. Mas, quem come dez castanhas hoje não vai se empanturrar delas amanhã, usa a lógica a expert em nutrição Silvia Cozzolino.
No máximo, o preço desse pecado será um mau hálito parecido com o bafo de alho acredite! Não corre o mesmo risco quem comer, vez ou outra, algum prato que leve a castanha na receita até porque, seja doce ou salgado, dificilmente uma porção reunirá tantas unidades. E saiba: nem o fogão nem a geladeira conseguem detonar as reservas de selênio. No dia-a-dia, nada melhor do que a praticidade de botar na mochila, no bolso ou na bolsa a sua estrela solitária. É saúde na medida certa!
Para chegar à quantidade de selênio de uma castanha-do-pará (de 5 gramas), você teria que consumir, em média, o equivalente a...
3 filés de frango (100 gramas cada um)
16 pães franceses (50 gramas cada um)
100 copos de leite (200 mililitros por copo)
10 ostras (33 gramas cada uma)
3 latas de sardinha em conserva (130 gramas cada uma)

COMIDA ANTITÓXICA
Uma das principais benesses do selênio é a sua capacidade de desintoxicar o organismo. O mineral atua em mecanismos que favorecem a eliminação de metais pesados pelas fezes e pela urina, explica a nutricionista Bárbara Rita Cardoso. Esses metais nocivos, como o mercúrio e o arsênico, ficam impregnados no organismo quando, por exemplo, consumimos peixes de má procedência, que vieram de águas poluídas. E, daí, disparam inúmeros problemas em nossos tecidos, do envelhecimento ao câncer algo que é freado com o sistema de limpeza acionado pelo consumo da castanha.
SUPLEMENTAÇÃO, A POLÊMICA
A natureza oferece fontes de selênio, mas há quem prefira recorrer às cápsulas. Estudos recentes revelam que isso pode ser bobagem: o melhor seria buscar o mineral na comida mesmo. O selênio dos alimentos é mais bem absorvido pelo organismo, justifica o pesquisador Alexei Lobanov, do Departamento de Bioquímica da Universidade Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos. E, já que a
quantidade de que precisamos nem é lá tão alta, a suplementação deveria ficar restrita a casos especiais.

TERRA BOA, FRUTO RICO
A concentração de selênio em um alimento depende do solo em que é cultivado. De acordo com o engenheiro agrônomo José Urano de Carvalho, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a castanheira, nativa da floresta Amazônica brasileira, além de ter uma incrível habilidade para extrair o mineral, comparada a outras espécies, encontra na terra de lá uma enorme quantidade de selênio. Por isso seus frutos são campeões no elemento. As castanhas-do-pará são cultivadas pra valer na região Norte, especialmente no cinturão amazônico, mas o Brasil já não lidera o ranking de produção da oleaginosa. Hoje é a Bolívia que ocupa o primeiro lugar, revela Urano.