sábado, 22 de janeiro de 2011

Resenha: óleo vegetal Castanha do Pará para Umectação capilar

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Como eu havia contado pra vocês eu comprei recentemente essa óleo de Castanha do Pará para fazer umectação nos fios.
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Eu já falei algumas vezes sobre umectação dentro de algumas postagens do blog, mas nunca tinha feito uma postagem só pra falar sobre ela.
A umectação capilar serve pra devolver a hidratação e a vitalidade de cabelos muito secos, ressecados e danificados por processos químicos. Deve ser feita somente com óleo vegetal puro, e não com óleo mineral.
O óleo vegetal atua na fibra capilar doando hidratação e seus nutrientes naturais que ajudam a recuperar cabelos danificados.
Um óleo para umectação que você provavelmente tem em casa é o azeite puro de oliva, excelente hidratante natural.
Mas hoje vamos falar especificamente sobre o óleo de castanha do Pará:
Apliquei o óleo na cabelo seco e dei uma aquecida com o secador de cabelos por alguns segundos, mas você também pode aquecer o óleo antes de usar. Deixei agir a noite toda e lavei no dia seguinte normalmente com shampoo e hidratei.
Assim que você aplica o óleo no cabelo  ele é parcialmente absorvido pelos fios e não fica aquele aspecto extremamente gorduroso. Depois de lavado o cabelo fica com brilho e visivelmente mais hidratado. É claro que imagino que com uso regular o efeito seja mais significativo, mas depois de primeira aplicação já se nota resultado.
Se você tem cabelos cacheados e muito secos também pode aplicar o óleo no cabelo limpo e úmido, deixar agir por meia hora, enxaguar com água morna, aplicar um leave in  e deixar secar naturalmente.
Aprovado como uma alternativa a hidratações caras.
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Castanha perde preço e espaço no Acre



Concorrência boliviana e expansão da pecuária prejudicam a castanha acreana
Caiu de R$ 17, cotação obtida no ano passado, para R$ 14 o preço da lata de castanha nativa no Estado do Acre.
O produto é adquirido por cooperativas filiadas à Central de Comercialização Extrativista (Cooperacre). Para garantir a demanda interna,  cerca de 40 toneladas de castanha-do-Brasil (também conhecida por castanha-do-pará) vêm sendo beneficiadas na usina da Cooperacre em Brasiléia, a 200 quilômetros de Rio Branco. A maior cotação foi obtida no ano passado.
Segundo o presidente da Cooperacre, Manoel José da Silva, a comercialização do produto corresponde apenas a 10% da safra regional. Em 2007 os castanhais das regiões do Baixo Acre, Iaco-Purus e Alto Acre estão produzindo dez mil toneladas.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apóia o Estado, por meio de um programa de crédito antecipado do Ministério de Desenvolvimento Agrário. O Acre recebe  R$ 1,5 milhão. Segundo a Embrapa, após a decadência da borracha, a castanha passou a constituir o principal produto extrativo para exportação da Região Norte do Brasil, na categoria de produtos básicos.
A exploração de exemplares nativos desta árvore é protegida por lei (Decreto 1282 de 19 de outubro de 1994) e seu fruto tem elevado valor econômico como produto extrativo florestal, mas não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento tanto em plantios puros quanto em sistemas consorciados. Contudo, o avanço da fronteira agrícola na Amazônia vem reduzindo progressivamente o extrativismo da castanha; sua derrubada pelas frentes de penetração da madeira e da pecuária, empurrou para áreas cada vez mais distantes os intermediários entre o coletador e os donos das usinas de beneficiamento.
A Cooperacre informa que adquire atualmente dos castanhais nativos cerca de 1,2 mil toneladas para beneficiamento em Brasília (DF), São Paulo e Rio de Janeiro (região Sudeste), e Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (região Sul). Está no Departamento de Pando, na Bolívia, a maior concorrência ao produto acreano, considerado da mais alta qualidade na Amazônia. Em  Ribeiralta, a empresa Mutran (sediada em Belém do Pará) exporta o fruto. Sem capital de giro, as cooperativas acreanas só adquirem 10% da produção regional.   
Saiba mais

• A castanheira apresenta várias aplicações: em “ouriços” como combustível ou na confecção de objetos, mas o maior valor é a amêndoa, alimento rico em proteínas, lipídios e vitaminas;
• Pode ser consumida ou usada para extração de óleo; do resíduo da extração do óleo obtém-se torta ou farelo usada como misturas em farinhas ou rações;
• O “leite” de castanha tem grande valor na culinária regional;
• A madeira da árvore é indicada para reflorestamento e empregada tanto nas construções civil e naval.

acompanhado escoteiro,castanha do pará


Castanha do Pará e seus valores nutirciomais



A castanheira do Pará é uma das mais importantes árvores amazônicas. Seu fruto é muito rico em gorduras e proteínas. Além disso, tem dois nutrientes especiais: o selênio e a vitamina E, antioxidantes que anulam os danos causados pelos radicais livres, que destroem as células e com o tempo são responsáveis pelo aparecimento de doenças cardiovasculares e câncer. Em estudo realizado pela pesquisadora Vanessa Coutinho, doutoranda do Laboratório de Nutrição-Minerais da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, constatou-se que o consumo de uma castanha-do-pará por dia é capaz de suprir a necessidade diária de Selênio, melhorando o sistema imunológico e protegendo o organismo contra os danos provocados pelos radicais livres.
Calorias por cada 100g - 656 kcal..
Proteínas: 14g
Gorduras: 66g
Carboidratos: 13g
Gordura saturada – 16g
Gorduras Polinsaturadas – 21g
Gorduras Monoinsaturadas – 23g
Cada unidade tem cerca de 4g com 26 kcal 

Nome científico: Bertholletia excelsa

Origem:
Brasil - Região Amazônica

Características da planta:
árvore de grande porte que pode atingir até 50 m de altura e 2 m de diâmetro na base. Caule liso, ramificando-se somente na sua porção superior. Casca escura e fendida, cor reduzida. Folhas de coloração verde-escura, onduladas e brilhantes. Flores branco-amareladas, aromáticas, aparecendo de novembro a fevereiro.

Fruto:
é caracteristicamente uma cápsula, globosa, de superfície espessa e coloração castanho-escura. Quando maduro, libera as sementes através do rompimento de sua porção inferior. Possui de 14 a 24 sementes em seu interior, envoltas em polpa amarela. Amadurecem de dezembro a março.

Cultivo:
plantam-se as sementes, mudas ou enxertos em covas profundas e solo bem adubado, na estação chuvosa. Preferem regiões de clima quente e úmido.
Tipo: Com Casca: 80/100 ; 60/70, 57/65, 45/50 , 40/45, 35/40.
Sem Casca / Descascada: miúda, média, graúda, ferida e pedaço.
Embalagem: Com Casca: sacos novos de juta de 25 kg líquidos e/ou 50 kg líquido.

Sem Casca:
embaladas a vácuo em sacos aluminizados de 20 kg líquidos e posteriormente acondicionados em caixas de papelão, padrão exportação.

Certificações:
possui certificação Kosher, emitida pelo Beto Chabad,de Belém/PA, com reconhecimento internacional.

Usos:
em indústrias de chocolates, barras de cereais, cookies, doces, bolos, indústria de alimentos e como "mixed nuts".
Informações Nutricionais:
Descascada:

INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
(Porção de 10g)
                                 
Quantidade
% VD
Proteínas
1,4 g
3%
Carboidratos
< 1g
0%
Fibra Alimentar
0,6 g
2%
Ferro
    0,25 MG
n. s
Sódio
      0 mg
0%
Cálcio
   n. s
n. s
Gorduras Totais
6,6 g
8%
Gorduras Saturadas
1,4 g
6%
Colesterol
   0 g
0%
Valor calórico
  70 K
3%
               Valores diários de referência com base em uma dieta de 2.500 calorias
 Fonte: Universidade de São Paulo – Faculdade de Ciências Farmacêuticas (Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental).
Com Casca:

% IDR

Proteína
0,5 g
-
Fibras
0,2 g
-
Zinco
2,4 mg
16
Ferro
2,4 mg
0,6
Vitamina E
0,3 mg
3
Cobre
0,1mg
40
Calorias
19 Kcal
-
Selênio
80,0 ug
114
Lipídios
1,8 g
-
Umidade
0,10g
-
Carboidratos
0,3 g
-
Cinzas
0,1 g
-
Ácidos graxos monoinsaturados........
0,7 g
-
Ácidos graxos polisaturados...............
0,6 g
-
Ácidos graxos saturados
0,5 g
-
                Valores diários de referência com base em uma dieta de 2.500 calorias
Fonte: Universidade de São Paulo – Faculdade de Ciências Farmacêuticas (Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental).

 
Castanha do Pará descascada
     Ouriço da Castanha do Pará  

         Castanha do Pará com casca

castanha-do-pará, ou castanha-do-brasil

 A castanha-do-pará, ou castanha-do-brasil é a semente da castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa) uma árvore da família botânica Lecythidaceae, nativa emergente da Floresta Amazônica.

Atualmente é abundante apenas no norte da Bolívia e no Suriname, pois está ameaçada de extinção como consequência do desmatamento. Nas margens do Tocantins foi derrubada para a construção de estradas e de uma barragem, no sul do Pará por assentamentos de sem-terra, no Acre e no Pará a criação de gado provoca sua morte, e a caça das cotias que são os dispersores de suas sementes ameaça a formação de novos indivíduos.

O fruto da castanheira, em si, é uma grande cápsula de 10 a 15 centímetros de diâmetro que se assemelha a um coco no tamanho e pesa até dois quilos. Possui uma casca dura, semelhante à madeira, com uma espessura de 8 a 12 milímetros, e dentro estão de 8 a 24 sementes com cerca de cinco centímetros de comprimento (as castanhas-do-pará) dispostas como os gomos de uma laranja; não é, portanto, uma castanha no sentido biológico da palavra.

As castanhas-do-pará possuem 18% de proteína, 13% de carboidratos e 69% de gordura. A proporção de gorduras é de aproximadamente 25% de gorduras saturadas, 41% de monoinsaturadas e 34% de poliinsaturadas. Possui um gosto um tanto terroso, muito apreciado em vários países. O conteúdo de gordura saturada da castanha-do-pará está entre o mais alto de todas as castanhas e nozes, superando até mesmo o da macadâmia. Por conter esse elevado teor de óleo, castanhas-do-pará retiradas de suas cascas tornam-se rançosas rapidamente.

Nutricionalmente, a castanha-do-pará é rica em selênio, embora a quantidade de selênio varie consideravelmente. É também uma boa fonte de magnésio e tiamina. Algumas pesquisas indicam que o consumo de selênio está relacionado com uma redução no risco de câncer de próstata e de pulmão. Combate os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e aumentando a resistência do sistema imunológico.

Pode ser consumida in natura, torrada, na forma de farinhas, tortas, doces, sorvetes, bolachas, alem de ser muito utilizada em preparações culinárias como substituta para o coco ou a macadâmia. Quando esmagadas se obtém um óleo viscoso, utilizado na  culinária e também na confecção de produtos cosméticos.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Na prateleira, o real valor da castanha da Amazônia

A Ouro Verde Amazônia, empresa de produtos culinários feitos de castanhas-do-pará, tem uma trajetória muito parecida com a de milhares de microempresas que são criadas todos os anos no Brasil. Nasceu como um projeto de vida do ex-veterinário e ex-professor universitário Luiz Laranja, que acreditou no potencial de mercado dos produtos da Amazônia extraídos de modo sustentável.
Com a mulher, Ana Luisa Riva, Laranja largou São Paulo e se embrenhou no interior do Mato Grosso. O destino era Alta Floresta , a 800 km de Cuiabá. Lá, o casal criou a Ouro Verde Amazônia, em 2001, com a ideia de resgatar a tradicional cadeia da castanha, desenvolvendo as comunidades extrativistas. Os percalços foram muitos. "Não havia banco que nos desse um financiamento. Os gerentes diziam que o modelo de negócios não se enquadrava em nenhum parâmetro", conta Laranja. "Eles preferiam dar crédito para os pecuaristas."
No final de 2008 a sorte mudou. No auge da crise financeira, Laranja encontrou um investidor. Não era banco nem fundo de investimento. O grupo Orsa, que atua nas áreas de celulose, papel e produtos florestais, se interessou pelo modelo de negócios da empresa do ex-veterinário, que também tem a proposta de remunerar os produtores de castanha de forma mais justa, eliminando os atravessadores.
O aporte de recursos, cuja soma foi mantida em sigilo, deu novo fôlego à empresa. O atual leque de produtos de castanha - azeite extravirgem, granulado e creme - vai crescer. E as comunidades já receberam um prêmio pela castanha que colhem e beneficiam. O quilo foi comprado por R$ 1,30, enquanto o mercado não pagou mais que R$ 0,70 na última safra.
"Agora, estamos procurando desenvolver novas cadeias produtivas na Amazônia, como a do açaí e do cacau", diz o empreendedor. O investimento prevê ainda uma nova unidade produtiva no Vale do Jari, divisa entre os Estados do Pará e Amapá. "A empresa está caminhando mais rápido. Estamos animados com a safra de 2010."
Nas gôndolas
Os desafios ainda são grandes. Os produtos da Ouro Verde Amazônia ainda são difíceis de serem encontrados nos supermercados. A distribuição está concentrada em empórios de alta gastronomia e lojas especializadas em produtos naturais. "Estamos em pontos de venda sofisticados, mas sem escala. Os produtos são conhecidos entre os chefs de cozinha. Mas eu quero popularizar a castanha extraída de modo sustentável."
Um passo nesse sentido foi dado recentemente. A empresa firmou um contrato com a rede varejista Carrefour e aguarda os primeiros pedidos. A exportação também está nos planos: distribuidores da França e da Itália já demonstraram interesse nos produtos amazônicos.
Como todo empreendimento que olha longe, a Ouro Verde Amazônia quer se antecipar às novas exigências do mercado. Conquistou o selo Ecocert, de orgânicos, um passaporte para o mercado americano. Agora vai investir na certificação Fair Trade (comércio justo), que atesta a correta remuneração das comunidades extrativistas. "O mercado europeu já não valoriza tanto o selo de orgânico. A nova fronteira é o Fair Trade, que estamos buscando", diz Laranja.

Pesquisador inventa tijolo feito de casca de coco e de castanha

No lugar da argila, são usados restos de casca de coco, de castanha-do-pará e de tucumã, que costumam ser descartados no processamento dessas frutas.

No lugar da argila, são usados restos de casca de coco, de castanha-do-pará e de tucumã, que costumam ser descartados no processamento dessas frutas.
Foto: Olhares – Fotografia online
pesquisador_inventa_tijolo.jpg
15/06/2009 -
Um novo tijolo inventado pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) não utiliza barro em sua composição. No lugar da argila, são usados restos de casca de coco, de castanha-do-pará e de tucumã, que costumam ser descartados no processamento dessas frutas.
Segundo o pesquisador Jadir Rocha, da área de recursos florestais do Inpa, o novo tijolo é mais resistente que o original, com a vantagem de oferecer mais proteção contra o calor amazônico. “Como as matérias-primas são de vegetais, proporcionam um ambiente muito agradável, faça chuva ou faça sol”, afirma.
Para conseguir agrupar as cascas duras das frutas e formar um bloco compacto, os restos são triturados, misturados com uma resina e prensados. Além de reciclar esses materiais, o tijolo vegetal tem a vantagem ecológica de não precisar ser cozido, evitando que árvores sejam cortadas para alimentar fornos.
Outra vantagem enumerada por Rocha é que o novo tijolo dispensa cimento, pois tem um encaixe que une as peças. Água e cupim, graças à resina utilizada para colagem, também não serão problema. “Utilizamos resina fenólica, uma cola irreversível. Ela é derivada de petróleo. O ideal seria que tivéssemos resinas naturais, mas infelizmente as pesquisas ainda estão começando”, diz o pesquisador do Inpa.
Madeira artificial
Uma outra novidade apresentada pelo laboratório de Rocha é uma chapa resistente fabricada com folhas. Ela serve para fazer móveis e divisórias, substituindo as chapas de aglomerado, feitas de serragem.
“As folhas passam por um processo de trituração e depois são secas e juntadas com resina. Para dar mais sustentação, colocamos mantas de fibras de vidro. Futuramente, vamos substituí-las por um vegetal, mas isso ainda é segredo industrial."
As chapas de folhas e os tijolos vegetais ainda não são produzidos comercialmente, e estão sendo patenteados pelo Inpa. Para que indústrias possam fabricar os produtos, o instituto conta com um setor especializado em vender tecnologias desenvolvidas lá.
Fonte: Iberê Thenório/ Globo Amazônia