sábado, 22 de janeiro de 2011

castanha-do-pará, ou castanha-do-brasil

 A castanha-do-pará, ou castanha-do-brasil é a semente da castanheira-do-pará (Bertholletia excelsa) uma árvore da família botânica Lecythidaceae, nativa emergente da Floresta Amazônica.

Atualmente é abundante apenas no norte da Bolívia e no Suriname, pois está ameaçada de extinção como consequência do desmatamento. Nas margens do Tocantins foi derrubada para a construção de estradas e de uma barragem, no sul do Pará por assentamentos de sem-terra, no Acre e no Pará a criação de gado provoca sua morte, e a caça das cotias que são os dispersores de suas sementes ameaça a formação de novos indivíduos.

O fruto da castanheira, em si, é uma grande cápsula de 10 a 15 centímetros de diâmetro que se assemelha a um coco no tamanho e pesa até dois quilos. Possui uma casca dura, semelhante à madeira, com uma espessura de 8 a 12 milímetros, e dentro estão de 8 a 24 sementes com cerca de cinco centímetros de comprimento (as castanhas-do-pará) dispostas como os gomos de uma laranja; não é, portanto, uma castanha no sentido biológico da palavra.

As castanhas-do-pará possuem 18% de proteína, 13% de carboidratos e 69% de gordura. A proporção de gorduras é de aproximadamente 25% de gorduras saturadas, 41% de monoinsaturadas e 34% de poliinsaturadas. Possui um gosto um tanto terroso, muito apreciado em vários países. O conteúdo de gordura saturada da castanha-do-pará está entre o mais alto de todas as castanhas e nozes, superando até mesmo o da macadâmia. Por conter esse elevado teor de óleo, castanhas-do-pará retiradas de suas cascas tornam-se rançosas rapidamente.

Nutricionalmente, a castanha-do-pará é rica em selênio, embora a quantidade de selênio varie consideravelmente. É também uma boa fonte de magnésio e tiamina. Algumas pesquisas indicam que o consumo de selênio está relacionado com uma redução no risco de câncer de próstata e de pulmão. Combate os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e aumentando a resistência do sistema imunológico.

Pode ser consumida in natura, torrada, na forma de farinhas, tortas, doces, sorvetes, bolachas, alem de ser muito utilizada em preparações culinárias como substituta para o coco ou a macadâmia. Quando esmagadas se obtém um óleo viscoso, utilizado na  culinária e também na confecção de produtos cosméticos.

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